Arapiraca (AL) – Em visita recente ao Residencial Vale da Perucaba, uma das maiores comunidades habitacionais da capital do Agreste, uma jovem liderança política de Arapiraca trouxe à tona o que muitos moradores enfrentam diariamente, mas que o poder público insiste em ignorar: ruas tomadas por lama, buracos e abandono.
A cena é alarmante. Em pleno século XXI, centenas de famílias convivem com vias intrafegáveis, ausência de drenagem adequada e falta total de manutenção, afetando não apenas a mobilidade urbana, mas a dignidade humana.
> “O que encontramos aqui é um retrato do esquecimento. Lama, buraco, esgoto a céu aberto e nenhuma resposta concreta das autoridades. A comunidade está clamando por respeito”, afirmou indignado o jovem, que tem se destacado como uma voz firme em defesa dos interesses da população.
Apesar de dezenas de obras espalhadas por Arapiraca, o Vale da Perucaba segue invisível. A creche prometida segue fechada, sem previsão de inauguração. O ginásio de esportes, que seria um espaço fundamental para o lazer e desenvolvimento das crianças e jovens da comunidade, teve sua construção paralisada sem qualquer satisfação dada aos moradores.
> “É direito do cidadão cobrar, reivindicar e exigir melhorias. Estamos cansados de promessas de palanque. É hora de ação. Arapiraca precisa olhar para suas periferias com a mesma atenção que olha para o centro da cidade”, destacou o jovem durante o vídeo gravado em meio ao barro e ao mato alto das ruas do conjunto.
A crítica é clara: o que foi prometido pelo prefeito Luciano Barbosa em campanha não foi cumprido. O povo confiou, votou e agora cobra.
Enquanto isso, a população continua enfrentando ônibus que não entram no residencial por falta de acessibilidade, crianças que andam quilômetros na lama para chegar à escola, e moradores com dificuldade de sair de casa em dias de chuva.
A comunidade do Vale da Perucaba não quer favores. Quer respeito. Quer o cumprimento de promessas. Quer viver com dignidade. E está disposta a continuar cobrando, com força e coragem, até que a prefeitura de Arapiraca e a Câmara de Vereadores rompam o silêncio e ajam com responsabilidade.
A mensagem está lançada: o povo está de olho. E a voz das comunidades será ouvida — com ou sem microfone oficial.
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