sexta-feira, 4 de março de 2022

MORADIA Falta moradia para 1,1 milhão de alagoanos

 Os últimos projetos de construção de casas populares em Alagoas atenderam quase 20 mil famílias vítimas das cheias de 2010 nos vales do Paraíba e Mundaú, que deixaram mais de 150 mil pessoas desabrigadas, desalojadas, mais de 50 mortes e dezenas de desaparecidos. Os imóveis foram construídos em parceria com o governo federal, estadual e prefeituras, mas não foram suficientes para atender a demanda e reduzir o elevadíssimo deficit habitacional.

imagem: residencial Brisa do Lago

De lá para cá, não ocorreram mais enchentes, porém aumentou o número de favelas na maioria dos 102 municípios. O governador Renan Filho (MDB) prometeu, em discurso na campanha eleitoral de 2014, que habitação era uma das prioridades. Efetivamente, a promessa não se concretizou.

Por outro lado, as submoradias nas favelas aumentaram, confirmam prefeitos, economistas e desempregados sem alternativa para pagar aluguel. A situação econômica do Estado, dono de alguns dos piores indicadores sociais do País, piorou a partir da pandemia do coronavírus, que provocou recessão.


Isso elevou o desemprego no Estado, que registrou uma taxa de desocupação de 20% - a terceira maior do País - no terceiro trimestre de 2020. No ano passado, mais 203 mil trabalhadores ficaram desempregados, e o Estado terminou 2021 com a quarta maior taxa de desemprego, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa aferida é de 14,5%. Os outros estados com desemprego em alta são: Amapá (17,5%), Bahia (17,3%), e Pernambuco (17,1%).

Sem condições de pagar aluguel, a maioria das famílias de desempregados passou à condição de vulnerabilidade (pobreza), buscou alternativas de moradia nas grotas, favelas e aumentou a população nas outras áreas críticas. No campo, o número de assalariados rurais desempregados engrossou o contingente que estava em 15 mil famílias de sem-terra acampadas.

Os movimentos rurais foram motivados a ocupar terras de usinas falidas na Zona da Mata com a promessa de reforma agrária estadual. Também não aconteceu, afirmam os líderes dos acampados, ao admitirem que algumas famílias já se mudaram para as favelas da capital e do interior. Além do aumento da população em submoradias, em Maceió mais de 20 mil famílias de quatro bairros – Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Pinheiro – a partir de 2019 foram obrigadas a sair de suas casas por causa dos desmoronamento de minas de sal-gema da indústria Braskem.

Promessa de que habitação seria uma das prioridades de seu governo ficou apenas no discurso de posse de Renan Filho, em 2014.

fonte:https://www.gazetaweb.com/noticias/politica/falta-moradia-para-11-milhao-de-alagoanos/

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